segunda-feira, 4 de maio de 2009

Jornalistas com complexo de Clark Kent?


Talvez a dupla Joe Shuster e Jerry Siegel não soubesse, mas em 1938 acabaram por criar o personagem que viria a se tornar um dos divisores de águas na história das Histórias em Quadrinhos. O conceito de super-herói é inaugurado nessa época com o surgimento do Super-homem, o primeiro herói dotado de poderes além das capacidades humanas. O personagem, inovador para a época, era capaz de proezas que só encontravam comparativos nos deuses e semideuses mitológicos.Ao contrário da maioria dos heróis da época que viviam em tempo integral sua missão de paladinos da verdade e da justiça, o Superman contaria com uma identidade secreta, para poder transitar livremente entre os humanos e tentar, quem sabe, levar uma vida normal e ter os seus momentos de descanso. Ao alter ego do “Homem de Aço” foi dado o nome de Clark Kent, um humano aparentemente normal.Mas como justificar a presença de Clark Kent nas mais variadas situações de perigo? Que desculpa poderia ser usada para o alter-ego do Super-homem estar presente no momento certo, na hora certa? Como explicar, sem colocar em risco sua identidade secreta, que o Sr. Kent, sempre tinha em primeira mão informações coletadas sabe-se Deus de onde? A resposta estaria na profissão do personagem, portanto o Super-homem, ou Clark Kent, estaria fadado a partir daí a ser um jornalista.A identificação do personagem com a profissão, definida por Gabriel Garcia Márquez, como “a melhor profissão do mundo”, não foi uma mera casualidade. “Grandes poderes implicam em grandes responsabilidades” já dizia Jonatan Kent ao seu filho adotivo Clark ainda em sua adolescência. Informação é poder, logo quem tem a informação como matéria prima, tem em suas mãos uma grande responsabilidade. Inebriados com o glamour da profissão, a cada ano, milhares de jovens adentram as universidades com o sonho de estar o mais próximo possível desse poder ou quem sabe, mais ainda, tornar-se o quarto poder afim de fiscalizar os outros três. Além disso, há também a questão do grande poder de transformação que a informação pode trazer ao mundo. Talvez esteja aí o que mais aproxima o jornalista do estereótipo do herói: Alguém que acredita que por meio da informação o mundo possa ser transformado em um lugar melhor para todos os seres humanos. Afinal, que poder é esse? Quais são os objetivos reais de quem enfrenta essa profissão? Há alguma relação comparativa entre o Último filho de Kripton e os “artífices da palavra”?

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Rê.

    Adorei a ideia do blog.
    Estarei sempre aqui.

    Um beijão.

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  3. Apaixonados por cafézinhos e cigarros, os jornalistas trabalham até de noite e, às vezes, nos sábados e domingos. Eles trabalham sob pressão, do relógio, do chefe e da população. Eles buscam detalhes que ninguém vê, possuem uma visão crítica, treinada. Costumam narrar e investigar. Não são artistas, mas muitas vezes vistos como tal, não são autoridades, mas são conhecidos como 4° poder. Jornalismo; profissão ou destino?

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  4. Eu acho sim... Apesar de tudo, o povo se espelha no Jornalista como combatedor de verdade e moral...

    Parabens prof... Amei o Blog, agora da uma passadinha no meu...

    coisasestaoacontecendo.blogspot.com

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  5. Valeu pessoal...Continuem acompanhando o nosso blog.

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  6. tem que atualizer, hein, Dona Regina

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